Aproveitando a Copa do Mundo e a desmobilização da Classe Trabalhadora, o governador do Paraná, Ratinho Jr. (PSD), encaminhou à Assembleia Legislativa do Estado um pacote de medidas de cunho neoliberal. Dentre elas, se destaca a privatização da Companhia Paranaense de Energia (COPEL), uma das últimas empresas públicas de eletricidade do país. A privatização é a concretização de uma enorme mentira do governador que, nessas eleições, prometeu não a privatizar.
Em 2020, Ratinho já havia privatizado a Copel Telecom, que era a empresa provedora de internet mais bem avaliada do Brasil. Hoje esse braço se tornou a Ligga, e o serviço piorou e encareceu. Como acreditar que o mesmo não acontecerá com o resto da Copel? Além disso, nós ecossocialistas não podemos nos furtar do dever de manter a geração e a transmissão de energia elétrica sob controle público, de preferência popular, tendo em vista não só o fato de a energia elétrica ser um aspecto fundamental da vida das pessoas como também pelos próprios danos ambientais que esses serviços geram. Na mão do capital isso significa mais destruição para o planeta.
Existe mais uma relação entre a privatização da Copel e a transmissão de energia: a razão pela qual Ratinho Jr. quer vender tão rapidamente a Copel é o seu vínculo com o agronegócio, que tem exigido que esse dinheiro vá para um “fundo estadual de infraestrutura” que em última instância, será destinado somente para escoar a produção de commodities para o exterior, movimento que por sua vez também é responsável pela destruição socioambiental. Mais uma vez, o lucro do agro é garantido com recursos públicos ao passo que os interesses da classe trabalhadora são atacados.
A Assembleia legislativa já aprovou a privatização, mas as ações ainda não foram vendidas. Temos de reverter isso urgentemente, em nome da oferta de energia limpa, renovável e acessível a todes e de um projeto político alinhado aos reais interesses da classe trabalhadora. Clamamos pela mobilização contra essa privatização já!
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