Para barrar o golpismo e garantir a posse de Lula, devemos ocupar as ruas!

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Dois militantes seguram cartazes. No primeiro, está escrito "Sem rebelião não há revolução" e, no segundo "Fora Bolsonaro"

Desde a vitória de Lula no segundo turno das eleições de 2022, temos testemunhado movimentações bolsonaristas antidemocráticas por todo o país. Os golpistas tentam impor que o resultado das urnas seja invalidado, impedindo que a vontade da maioria da população brasileira seja efetivada. Apesar do arrefecimento dos bloqueios nas estradas, a ameaça do golpismo permanece e nos coloca a tarefa central de garantir a posse de Lula.

Mais uma vez fica evidente que o trabalho das instituições burguesas, propagandeado como incansável em defesa da democracia, não é suficiente para barrar o fascismo e os movimentos antidemocráticos. Essa é uma tarefa que só o povo organizado nas ruas pode cumprir, por meio da mobilização coletiva, popular, de classe.

Isso passa pela caracterização que acumulamos em relação ao bolsonarismo nos últimos anos, que, enquanto um fenômeno reacionário que ultrapassa as instituições de Estado e está enraizado em expressivas camadas da população brasileira, opera ataques direcionados a militantes e pessoas identificadas como de esquerda. Vimos perseguições e assassinatos dessas pessoas, difusão de notícias notadamente falsas associadas à esquerda e reivindicações explícitas pelo fechamento do regime e intervenção militar. Todos esses elementos nunca estiveram restritos às representações do bolsonarismo no plano institucional — se manifestam também entre a sociedade civil.

Diante do desafio de enfrentar o bolsonarismo nos diversos âmbitos da sociedade e observando o que nossa história nos ensina no combate ao fascismo, fica evidente que o caminho para derrotá-lo passa fundamentalmente por ocupar as ruas com a mobilização popular e arrancá-la das mãos dos setores bolsonaristas, também como consequência de um balanço histórico de que a esquerda nunca poderia ter perdido seu protagonismo nesse terreno de disputa política.

Recuos na luta radical vêm marcando a linha política de parte da esquerda ao longo do governo Bolsonaro e do período eleitoral — se manifestam no depósito de suas expectativas em soluções a serem apresentadas por instituições como o STF e TSE, ou as próprias eleições burguesas. Essas apostas tendem, neste momento, a gerar graves consequências para o nosso povo. A retirada da confiança nas ruas pode nos levar à ineficácia no combate ao golpismo e à incapacidade de efetivar o combate ao bolsonarismo no próximo período.

É nessa perspectiva que, enquanto lutadoras, lutadores, movimentos sociais e organizações que defendem um outro projeto de sociedade, temos colocada como central a tarefa de garantir que o resultado das eleições seja respeitado e permanecer firmes na luta contra o bolsonarismo em todas as suas facetas antidemocráticas e antipovo.

Para derrotar o golpismo e combater de forma consequente os retrocessos que ele implica à nossa classe, devemos ocupar as ruas numa campanha em defesa do nosso povo e da posse de Lula.

Coordenação Nacional do Ecoar

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